Os dias aqui têm um encanto diferente..não sei bem o que fiz hoje, pelo menos nada que me lembre daqui a algum tempo. Troquei ideias com o meu pai, discussões com o meu irmão, carinhos com a minha mãe, piadinhas com a Nita, e onomatopeias com o meu sobrinho.
Chegam os meus avós, os meus tios, e acompanhados das mesmas perguntas e respostas de sempre entretemo-nos a devorar os comes da mesa e a luz da TV.
Chegam os meus avós, os meus tios, e acompanhados das mesmas perguntas e respostas de sempre entretemo-nos a devorar os comes da mesa e a luz da TV.
Há dias em que passeio pela marginal, respiro a maresia e as recordações de outros dias em que passava aqui os verões. A gente da vila passeia na marginal, calma. Um passa de bicicleta, outro de corridinha, sempre tranquilos. O vento, esse aqui corre como se não houvesse amanhã. E será que há um amanhã? Às tantas o vento tem razão em se apressar...Será? Estaremos a desperdiçar o tempo ao fazer nada de memorável?
Eu não acredito nisso...Para mim esta terra de vento nervosinho é um descanso. Aquele refúgio quase que espiritual, que junta mimos da família, mar e silêncio. Para levar a vida que se leva, é preciso um dia de vila do conde de vez em quando.
Para fazer bem, é preciso fazer nada também.
Eu não acredito nisso...Para mim esta terra de vento nervosinho é um descanso. Aquele refúgio quase que espiritual, que junta mimos da família, mar e silêncio. Para levar a vida que se leva, é preciso um dia de vila do conde de vez em quando.
Para fazer bem, é preciso fazer nada também.
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