
Reforço cada um dos traços sem sentido, ora mais grosso ora menos recto, até que duas se tornem uma só. De repente, tenho uma ideia. Já começou! O meu pincel começa a interagir entusiasticamente com as minhas ideias e o nada passa a tudo. O insosso passa a gostoso sem que eu sequer me aperceba disso. As minhas ideias estão mais à frente. Algo despoletou uma cadeia de passos que parecem infinitos e não consigo parar....até que paro. Cheguei ao ponto. Á bifurcação. Tudo até ali está certo, sem margem para dúvida...mas tenho que continuar.até ao fim.
Sigo com uma coreografia de melhorias e correcções, alterações tão leves que são mais marcadas na minha cabeça do que na tela. Sei que nunca darei isto por terminado, mas o processo encanta-me. A caminhada têm um sentido independentemente de ter fim ou não.
E cada vez que dou 7 passos atrás para ver de longe...sei exactamente qual é a minha parte preferida: aquele traço, aquela linha...Depois penso que outras coisas poderia ter dado.
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